Eu sou viciado em pornografia, isso vem desde a adolescência quando eu encontrava caídas no chão no fim da feira de domingo, revistas pornôs deixadas pelos colegas vendedores e tarados. Geralmente eram aquelas extintas fotos novelas e em sua maioria eram, para a minha sorte, pornografia homo. Eu ficava horas escondido vendo aquilo, era emocionante por que estava me descobrindo, entendendo e aceitando sexualmente.
Na época, mesmo com o advento da internet, era meio difícil entrar em contato com a pornografia, ainda mais por que eu não vim de uma família com condições financeiras muito boa, conquistei o meu primeiro computador com 18. Mas antes disso, ia para a casa da minha tia, que tinha um computador e internet (discada) e foi aí que tive contato com o vídeo-pornô. Eu passava a madrugada entre Orkut, Bate-papo da Uol e sites pornográficos. As vezes passava o dia inteiro e no fim da madrugada, o aftermath, era um orgasmo intenso, único vindo de horas a fio de pornografia e excitação.
Atualmente, quase dez anos depois do meu primeiro contato com o um vídeo pornô, muitas coisas mudaram, por exemplo, a quantidade de pornografia dispostas para quem quiser que é muito maior e na maioria das vezes gratuita e principalmente a facilidade de acesso a pornografia, não precisa procurar, ela é jogada na sua cara através das redes sociais, principalmente WhatsApp, esse é campeão.
Embora essa facilidade da produção e acesso de filmes pornôs (Homo ou Heteros) tenha trazido muita felicidade para os punheteiros comuns que só precisa de um pênis entrando em algum buraco para se excitar e gozar, trouxe também o descontentamento a quem precisa de mais do que isso para se excitar com um filme. A variedade é imensa, mas a maior parte delas são de pouca qualidade. As vezes são os atores que não dão veracidade a cena proposta, as vezes é roteiro mal escrito mesmo, mas algo certo e imutável é que a indústria pornô precisa mudar e investir em Atores pornôs e não pessoas que querem ser filmadas durante o coito.
Samael Mastema.
